No teatro que move minha vida, eu sou a única que consegue desfrutar de cada drama, viver cada ato, saber de todos os atores. No teatro que move a minha vida, apenas eu distingo a realidade da peça, apenas eu vivo a comédia, conheço de todas as farsas e aprendo todos os truque. No teatro que move minha vida, apenas eu conheço todos os espetáculos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Em cada verdade, o medo da mentira

Não é que eu tenha medo de viver nossa vida, eu tenho medo de perceber que nossa vida não existe.


sábado, 13 de novembro de 2010

Romeo & Juliet?


Primeiro veio o não, e sem nos darmos conta estávamos negando sem querer convencer ninguém mais, exceto nós mesmos.
Negando-me admitir, até mesmo nas tardes da noite, tudo o que eu sentia por ti, repetia a mesma mentira para que se tornasse verdade. Castigava-me saber que se aquilo era nada, o que poderia ser tudo? Havia de ser algo, não havia de ser nada. E foi com este pensamento que a minha falsa verdade se tornou mentira.
Eres igualmente culpada, sorriste para mim todas as vezes que me viste passar.
Lembro-me da época que não havia sangue e iniciei a cair na tentação do meu coração buscando boca tua, pele tua, amor teu.
E então a tragédia começou dando os primeiros toques sutis e quase nem percebi a diferença, mas consciente que nada havia de estar igual.
Lagrimas brotavam em teus olhos em uma freqüência maior do que gostaria de ver e percebi que eras tu o teu próprio mal. Afim de querer te ver bem novamente, tentei te afastar de você mesma e quase consegui, mas falhei. Não contigo, e sim comigo.
Quando não eras mais tu, não te amava mais.
Precisava eu te ver cair em teus próprios pesadelos para poder eu me erguer em meus sonhos?
Sem agüentar tamanho atrevimento do meu ato, deixei-te. E ainda olhei para trás ao ir embora, e deixei naquele momento uma parte de mim com você. Ou já tinha deixado, mas não tinha percebido.
 Foi este o nosso veneno, amavámos por quem erámos. Veneno que foi injetado em nossos corações e que se espalhou pela a corrente sanguínea deixando ardência em cada membro que ele tomava conta.
Fantasmas começaram a rondar onde eu habitava e sua voz vinha sugando o resto de sanidade que ainda me restava. Há de sermos, eu e tu, Romeo e Julieta?
Ainda permanecemos aqui, a carne e a ossos, é verdade. Mas podemos dizer o mesmo a respeito de nossos corações? Ainda há vida neles? Ainda há chance de se apaixonarem novamente?